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Michael Jordan: o maior astro da história da NBA

Michael Jordan é considerado por muitos como o maior jogador de basquete de todos os tempos. Ele foi seis vezes campeão da NBA pelo Chicago Bulls, cinco vezes eleito o melhor jogador da temporada, 14 vezes selecionado para o Jogo das Estrelas e duas vezes medalhista de ouro olímpico. Além de seus feitos dentro das quadras, ele também se tornou um ícone cultural e um empresário de sucesso, sendo o primeiro ex-jogador a virar dono de uma franquia da liga. Neste texto, vamos conhecer um pouco mais sobre a trajetória, os números e as curiosidades desse fenômeno chamado Michael Jordan.

 

A infância e a juventude

Michael Jeffrey Jordan nasceu em 17 de fevereiro de 1963, em Brooklyn, Nova York. Ele era o quarto de cinco filhos de James e Deloris Jordan, que se mudaram para Wilmington, na Carolina do Norte, quando ele tinha dois anos. Jordan começou a jogar basquete na escola primária, incentivado pelo seu irmão mais velho Larry, que era melhor do que ele na época. Ele também praticava outros esportes, como beisebol e futebol americano.

Quando estava no segundo ano do ensino médio, Jordan tentou entrar para o time de basquete da Laney High School, mas foi cortado por ser considerado baixo demais (1,80m). Ele ficou muito frustrado e determinado a provar que era capaz. Ele cresceu 10 centímetros no ano seguinte e se tornou uma estrela da equipe, levando-a aos playoffs estaduais.

Jordan chamou a atenção de várias universidades e recebeu uma bolsa de estudos para jogar pela Universidade da Carolina do Norte (UNC), onde se destacou sob o comando do lendário técnico Dean Smith. Ele foi campeão nacional em 1982, sendo decisivo na final contra Georgetown ao acertar um arremesso nos últimos segundos. Ele também foi eleito o melhor jogador universitário do país em 1984, ano em que se formou em geografia.

 

A chegada à NBA

Jordan se inscreveu no draft da NBA de 1984 e foi selecionado pelo Chicago Bulls na terceira posição geral, atrás de Hakeem Olajuwon (Houston Rockets) e Sam Bowie (Portland Trail Blazers). Ele assinou um contrato de sete anos e 6 milhões de dólares com os Bulls, uma equipe que não tinha tradição nem público na liga.

Jordan logo mostrou seu talento e sua personalidade na NBA. Ele foi o cestinha da temporada regular com uma média de 28,2 pontos por jogo e foi eleito o novato do ano. Também participou do Jogo das Estrelas e do torneio de enterradas, onde perdeu para Dominique Wilkins. Ele levou os Bulls aos playoffs, mas foi eliminado pelo Milwaukee Bucks na primeira rodada.

 

A ascensão ao estrelato

Jordan continuou a brilhar nas temporadas seguintes, quebrando vários recordes e conquistando prêmios individuais. Ele foi o cestinha da liga por sete vezes consecutivas (de 1987 a 1993), sendo o único jogador a conseguir esse feito. Ele também foi eleito o melhor jogador da temporada (MVP) por cinco vezes (1988, 1991, 1992, 1996 e 1998) e o melhor jogador defensivo do ano em 1988.

Jordan também se tornou um fenômeno fora das quadras. Ele assinou contratos milionários com marcas como Nike, Coca-Cola e Gatorade. Ele protagonizou comerciais memoráveis e lançou sua própria linha de tênis, os Air Jordan, que viraram objetos de desejo dos fãs.

 

A era dos Bulls

Apesar do sucesso individual de Jordan, os Bulls demoraram a se tornar uma equipe competitiva na NBA. Eles enfrentaram times mais fortes e experientes nos playoffs, como o Boston Celtics de Larry Bird e o Detroit Pistons de Isiah Thomas, que usavam uma defesa física e violenta para parar o astro dos Bulls. Jordan foi eliminado três vezes seguidas pelos Pistons entre 1988 e 1990, sendo apelidados de “Bad Boys” pela imprensa.

Jordan precisava de mais ajuda para superar os seus rivais. Ele contou com a chegada do técnico Phil Jackson em 1989, que implantou um sistema de jogo coletivo chamado “triângulo ofensivo”, que distribuía melhor as responsabilidades entre os jogadores. Ele também teve o apoio de outros talentos, como Scottie Pippen, Horace Grant, John Paxson e B.J. Armstrong.

Os Bulls finalmente conseguiram derrotar os Pistons em 1991 e chegaram à final da NBA pela primeira vez na história. Eles enfrentaram o Los Angeles Lakers de Magic Johnson e venceram por 4 a 1, com Jordan sendo eleito o MVP das finais. Foi o início de uma dinastia que dominaria a década de 90.

Os Bulls repetiram o feito nos dois anos seguintes, conquistando o primeiro tricampeonato da NBA. Eles venceram o Portland Trail Blazers em 1992 e o Phoenix Suns em 1993, com Jordan sendo novamente o MVP das finais em ambas as ocasiões. Ele se consolidou como o melhor jogador do mundo e um dos maiores de todos os tempos.

 

A primeira aposentadoria

No auge da sua carreira, Jordan surpreendeu o mundo ao anunciar a sua aposentadoria do basquete em outubro de 1993. Ele disse que havia perdido a motivação e o desejo de jogar, além de estar abalado pela morte do seu pai, James Jordan, que foi assassinado em julho daquele ano.

Jordan decidiu realizar um sonho de infância e se aventurar no beisebol profissional. Ele assinou um contrato com o Chicago White Sox, uma equipe da MLB (a liga de beisebol dos Estados Unidos) que pertencia ao mesmo dono dos Bulls. Ele foi enviado para jogar na liga menor, pelo Birmingham Barons, um time afiliado aos White Sox.

Jordan teve dificuldades para se adaptar ao novo esporte. Ele bateu apenas .202 em 127 jogos pelos Barons, com três home runs e 51 corridas impulsionadas. Também cometeu 11 erros na defesa e foi pego 11 vezes tentando roubar bases. Ele recebeu muitas críticas da imprensa e dos fãs, que achavam que ele estava desperdiçando o seu talento no basquete.

 

O retorno triunfal

Jordan não desistiu do beisebol, mas uma greve dos jogadores da MLB em 1994 interrompeu a sua carreira nas ligas menores. Ele voltou a treinar basquete com os Bulls e sentiu vontade de voltar às quadras. Em março de 1995, ele anunciou o seu retorno à NBA com um simples comunicado: “I’m back” (“Eu voltei”).

Jordan voltou a usar a camisa 23 dos Bulls e retomou o seu protagonismo na liga. Ele levou os Bulls aos playoffs, mas foi eliminado pelo Orlando Magic na segunda rodada. Ele reconheceu que estava enferrujado e precisava recuperar a sua forma física e mental.

Jordan se dedicou aos treinos no verão de 1995 e se preparou para a temporada seguinte. Ele também ganhou novos reforços nos Bulls, como Dennis Rodman, Toni Kukoc e Steve Kerr. A equipe fez uma campanha histórica na temporada regular de 1995-96, vencendo 72 jogos e perdendo apenas 10, um recorde na época. Eles chegaram à final da NBA e enfrentaram o Seattle SuperSonics, que tinha Gary Payton e Shawn Kemp como destaques. Os Bulls venceram por 4 a 2, com Jordan sendo mais uma vez o MVP das finais. Foi o quarto título da carreira de Jordan e o primeiro após a sua volta do beisebol.

Os Bulls mantiveram o seu domínio nas temporadas seguintes, conquistando mais dois tricampeonatos consecutivos. Eles venceram o Utah Jazz em 1997 e 1998, com Jordan sendo novamente o MVP das finais nas duas ocasiões. Ele também fez cestas decisivas nos últimos segundos dos jogos 6 das duas séries, entrando para a história da NBA.

Jordan encerrou a sua segunda passagem pelos Bulls com seis títulos, seis prêmios de MVP das finais, 10 títulos de cestinha da liga e 12 participações no Jogo das Estrelas. Ele também se tornou o maior pontuador da história dos playoffs da NBA, com 5.987 pontos.

 

A segunda aposentadoria

Após conquistar o seu sexto título da NBA em 1998, Jordan anunciou a sua segunda aposentadoria do basquete em janeiro de 1999. Ele disse que estava cansado e que não tinha mais desafios na liga. Ele também estava insatisfeito com a saída do técnico Phil Jackson e a possível reformulação dos Bulls.

Jordan se afastou das quadras, mas não do basquete. Ele se tornou presidente de operações do Washington Wizards em janeiro de 2000, assumindo o controle das decisões sobre contratações, trocas e draft da equipe. Ele tentou melhorar o desempenho dos Wizards, que não iam aos playoffs desde 1988.

 

O retorno triunfal 

Jordan não ficou satisfeito com o seu papel de dirigente e sentiu vontade de voltar a jogar. Em setembro de 2001, ele anunciou o seu retorno à NBA como jogador dos Wizards. Ele disse que doaria todo o seu salário para as vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro.

Jordan voltou a usar a camisa 23 e mostrou que ainda tinha habilidade e competitividade na NBA. Ele teve médias de 22,9 pontos, 5,7 rebotes e 5,2 assistências por jogo nas duas temporadas que jogou pelos Wizards. Ele também se tornou o primeiro jogador com mais de 40 anos a fazer mais de 40 pontos em um jogo na liga.

No entanto, Jordan não conseguiu levar os Wizards aos playoffs em nenhuma das duas temporadas. Ele também teve problemas com lesões e com alguns companheiros de equipe, como Kwame Brown e Jerry Stackhouse. Ele se despediu definitivamente das quadras em abril de 2003, em um jogo contra o Philadelphia 76ers, recebendo uma grande homenagem dos fãs e dos jogadores.

 

A vida após a NBA

Jordan se aposentou como jogador, mas continuou envolvido com o basquete como empresário e investidor. Ele se tornou sócio minoritário do Charlotte Bobcats (atual Hornets) em 2006 e assumiu o controle majoritário da equipe em 2010, sendo o primeiro ex-jogador a virar dono de uma franquia da NBA.

Jordan também continuou lucrando com os seus contratos publicitários e com a sua linha de produtos Air Jordan, que é uma das mais populares e rentáveis do mundo esportivo. Ele também participou de eventos beneficentes e filantrópicos, doando milhões de dólares para diversas causas sociais.

Jordan também foi homenageado por suas conquistas no basquete. Ele foi introduzido no Hall da Fama do Basquete em 2009, em uma cerimônia emocionante onde fez um discurso memorável. Ele também recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade em 2016, pelo então presidente Barack Obama, em reconhecimento à sua contribuição para o esporte e para a sociedade.

Jordan também se casou duas vezes e teve cinco filhos. O seu primeiro casamento foi com Juanita Vanoy, com quem ficou de 1989 a 2006 e teve três filhos: Jeffrey, Marcus e Jasmine. O seu segundo casamento foi com Yvette Prieto, uma modelo cubana, com quem se casou em 2013 e teve duas filhas gêmeas: Victoria e Ysabel.

 

A lenda do basquete

Michael Jordan é um dos maiores nomes da história do basquete e do esporte mundial. Ele revolucionou o jogo com o seu estilo atlético, competitivo e vencedor. Influenciou gerações de jogadores e fãs com o seu talento e carisma. Transcendeu as quadras e se tornou um ícone cultural e um exemplo de superação.

Jordan é o jogador mais premiado da NBA, com seis títulos, seis MVPs das finais, cinco MVPs da temporada regular, 10 títulos de cestinha da liga, três MVPs do Jogo das Estrelas, dois ouros olímpicos e muitos outros reconhecimentos. Ele é o quarto maior pontuador da história da liga, com 32.292 pontos, e o maior pontuador da história dos playoffs, com 5.987 pontos. Ele tem médias de 30,1 pontos, 6,2 rebotes e 5,3 assistências por jogo na carreira.

Jordan é considerado por muitos como o melhor jogador de todos os tempos, sendo frequentemente comparado a outros grandes nomes do basquete, como Wilt Chamberlain, Kareem Abdul-Jabbar, Magic Johnson, Larry Bird, Kobe Bryant e LeBron James. Ele é admirado e respeitado por todos que amam o esporte.

Jordan é uma lenda que nunca será esquecida.

Chicago Bulls: a jornada da lenda Michael Jordan

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